O início das atividades das microempresas segue uma rotina bastante comum: o empreendedor tem uma ideia de negócio e resolve colocá-la em prática. Para isso, desenvolve o seu produto ou serviço e começa a ir atrás de clientes para vender. Os grandes focos são no produto, na divulgação e nas vendas.
É somente depois de alguns meses de atividade que começa a surgir aquela clássica dúvida: o meu negócio realmente está lucrando? Para onde está indo todo o dinheiro que recebo com as vendas?
Por melhores que sejam as vendas, sem um controle financeiro eficiente qualquer empresa está sujeita à falência. Uma empresa que lucra 20% em cima dos seus investimentos, mas sabe gerenciar esse capital, tem uma perspectiva de crescimento maior do que uma empresa com 100% de lucro, que não sabe de onde vem e nem para onde vai o seu dinheiro.
Mas como realizar o controle financeiro de uma microempresa? É o que veremos a seguir!
Mapeando a situação inicial
Antes de tomar qualquer ação, é preciso fazer uma análise da situação inicial. Muitos empreendedores começam a cortar as despesas que julgam atrapalhar o desempenho financeiro sem qualquer critério e acabam tornando a situação ainda pior.
Separe algumas horas apenas para identificar e registrar a situação atual do seu negócio. Como ele está exatamente agora. Comece com os seguintes aspectos:
- Dinheiro em caixa
- Contas a receber
- Contas a pagar
- Estoque de mercadorias
Agora que você tem em mãos os dados iniciais, já pode tirar as suas primeiras conclusões. Se você tem mais contas a pagar do que a soma de dinheiro em caixa e contas a receber, quer dizer que a situação não está nada boa, por exemplo.
Principais ferramentas para o controle financeiro de uma microempresa
O controle financeiro não acontece apenas olhando para o presente. É preciso analisar as informações passadas e projetar cenários para o futuro. Somente dessa forma você conseguirá as informações para a gestão da sua empresa.
Existem algumas ferramentas que são capazes de facilitar a visualização e assimilação de informações vitais, como a rentabilidade de cada produto, as principais despesas da empresa, as variações de venda por período, entre várias outras. Vamos ver algumas delas!
- Conciliação bancária. Através da conciliação bancária você conseguirá sincronizar as operações registradas nas suas contas do banco com os seus controles internos, de modo que nenhuma informação fique perdida no meio do caminho.
- Fluxo de caixa. Faz o registro de todas as operações de entradas e saídas realizadas pela empresa, apurando o saldo disponível e possibilitando tanto a análise do passado (fluxo de caixa realizado) como também orçamentos futuros (fluxo de caixa previsto).
- Demonstração de resultados. Indica o valor do lucro líquido do período, destacando o valor das vendas, custo das mercadorias/serviços vendidos e as despesas fixas e variáveis.
- Balanço patrimonial. Representa o retrato da empresa em determinado momento, mostrando os bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido.
Utilizando as informações obtidas
Estando em posse de tantos dados relevantes, é hora de utilizá-los, certo? Alguns empreendedores acabam obtendo essas informações mas não fazem o uso devido, continuando a tomar suas decisões gerenciais sem base nenhuma.
A grande importância de um controle financeiro é obter informações para proporcionar o crescimento do negócio. Possuir controles internos e relatórios perfeitos apenas para olhar não servirá de nada.
Há uma infinidade de ações que você pode tomar com base nos seus controles financeiros: revisão do preço de venda, identificação e corte de custos, planejamento das melhores épocas de compra, elaboração de estratégias para enfrentar os períodos de baixa nas vendas, controle dos prazos de contas a pagar e a receber, estimar o valor em caixa para realizar investimentos, entre várias outras.
Você realiza o controle financeiro de sua microempresa? As informações apresentadas foram úteis para otimizar as suas operações? Deixe o seu comentário!
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